sábado, 17 de março de 2012

Meus 10 clipes favoritos da Madonna (e razões pra você assisti-los também!)


Madonna é uma artista Pop. E desde cedo, ela aprendeu que seu êxito nesse meio estava atrelado a uma imagem potente, de uma mulher que não era capaz somente de cantar (talento que, digamos, não é o seu forte), mas poderia dançar, atuar, provocar. E no mundo da música, existem pelo menos duas maneiras de atrelar som e imagem: shows e videoclipes. Madge desde cedo se mostrou expert nas duas!

Parte da minha admiração ao trabalho dela tem total relação com seus clipes, e por conta disso decidi postar no blog os meus 10 prediletos, com motivos pelos quais são os meus 10 prediletos (risos). Alguns dos mais aclamados ficaram de fora, como Express Yourself, Vogue e Frozen, por isso, se vocês quiserem reclamar, vai ser divertido discutir também! Então, em ordem cronológica, lá vai:

(Como alguns dos vídeos não permitem que sejam colocados no post, para assisti-los é só clicar sobre os nomes deles)

LUCKY STAR (1983)

Madonna estava começando sua carreira e era somente uma garota atrevida e quase despretensiosa, se não tivesse afirmado naquela época que tinha por objetivo dominar o mundo! Esse vídeo é basicamente ela dançando uma coreografia pouco elaborada, ao lado de dois dançarinos perebentos, um deles o irmão dela, Christopher Ciccone. O que na verdade o torna legal é sua ternura, sua bagunça tentando se organizar, sua alegria e, até certo ponto, a sensualidade toda desajeitada de Madge! Ela já estava fazendo as pessoas se sentirem the luckiest by far!

LIKE A PRAYER (1989)

A então coroada Rainha do Pop já havia se mostrado polêmica em momentos anteriores, mas é a partir desse clipe que ela iniciou o momento mais crítico (e cheio de altos e baixos) da sua carreira! Isso porque Madonna decidiu tratar abertamente sobre símbolos religiosos em seu clipe, misturando-os com questões sobre racismo (cruzes queimando - Klu Klux Klan - e um santo negro) e sexo, como a própria letra sugere ao ser dúbia sobre o que exatamente seria “chegar lá”. O vídeo CAUSOU e deu o suporte necessário para aquela que se tornaria um dos maiores hinos para os fãs... Épico.

JUSTIFY MY LOVE (1990)

Inspirado pelo filme "O Porteiro da Noite" (1974, Liliana Cavani), esse clipe consegue ser muito, mas muito mais sexy que o sucessor “Erotica”. Não que não goste do segundo (pelo contrário, adoro), mas fato é que em Justify My Love Madge começa a tratar diretamente dos tabus e estereótipos sexuais, beijando mulheres, sendo agarrada pelo Tony Ward (perdão namorado, mas ele tava gato! kkkkkk), além de andar por um corredor agindo como uma voyeur dos fetiches alheios, coisa essa que muita gente não teria de coragem de assumir, mas é doidinho para fazer (tipo um filme pornô ao vivo, que seja!)... Pra terminar, essa belezura de vídeo ainda é concluído com a seguinte citação: “Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another”. Sem mais.

RAIN (1993)

É um vídeo lindo para uma balada linda. O contexto high tech combinada com a estética clean, e o realce dado ao azul, tanto nas imagens como nos olhos de Madonna, tudo isso conspira para esse clipe encher os olhos. E, desculpe a intromissão das palavras, mas Madonna mereceria ser presa se fizesse algo ruim para acompanhar a seguinte letra: “That by sheer force of will, I will raise you from the ground. And without a sound, you’ll appear, and surrender to me... To love”. Arrepiei.

HUMAN NATURE (1995)

Não sou muito fã da canção em si, e acho que por isso decidi incluir esse vídeo na lista. A música “Human Nature” torna-se algo simplesmente maior com a riqueza de elementos e coreografia do clipe, uma vez que a letra, crítica à hipocrisia e sadismo das pessoas, acaba trazendo justo o sadomasoquismo como um contraponto a todo o circo que a tinha envolvido nos últimos anos. Não bastasse a brincadeira com um pentagrama (Madonna disse que o clipe seria inicialmente uma caça às bruxas), não há como não se render ao Leather Chihuahua sendo “chicoteado” por Madge... Demais!

RAY OF LIGHT (1998)

Estou quase certo que esse seria esperado, porque Ray of Light é BOM PRA CARALHO! Fico cansado só de imaginar a paciência que o diretor Jonas Akerlund teve em gravar todas as imagens para acelerá-las, a fim de complementar, com uma estética veloz, a rapidez e urgência que a música exige, digna de um mundo que se move cada vez mais apressado a um destino incerto... Mas positivo, é a sensação que o clipe passa. Como se não bastasse, MEU DEUS, a ponte que leva ao final da canção com uma Madonna dourada, erguendo a mão e se movendo com a suavidade de uma deusa, já valeria o vídeo completo! É de encher os olhos!

DROWNED WORLD/SUBSTITUTE FOR LOVE (1998)

Uma das músicas mais bonitas do catálogo de Madonna, Drowned World soa simples em toda sua complexidade. E é exatamente isso que o vídeo demonstra: através de um enredo fácil, conta-se como, em alguns momentos, vive-se numa realidade que lhe puxa, lhe sufoca, lhe afoga... Talvez por já estar afogada em si própria. E ressalto aqui o comecinho e o fim do vídeo como pontos cruciais: indo de uma matilha raivosa competindo entre si por pedaços de carne até um puro abraço materno, é como se Madonna demonstrasse com toda segurança que ela “descobriu ter mudado de ideia...” Era esta sua religião.

AMERICAN PIE (2000)

Lembro muito do meu pai cantando essa canção no inglês fajuto dele, e não porque conhecesse Don McLean... Foi a versão de Madonna que ele ouviu e o fez ficar repetindo “bye, bye, Miss American Pie”... É justo esse elemento cativante e gentil que me faz abrir um sorriso toda vez que assisto ao clipe de American Pie. É um recorte da sociedade norteamericana, cheio de patriotismo, e, de certo modo, verdade em seus personagens. Um convite a se deparar, nem por um instante que seja, com o dito American Dream. Quando o clipe acaba, você pode voltar a odiar a sociedade capitalista, mas durante ele, é melhor parar e se identificar com o quanto sua diversidade é bonita. Toda a diversidade, de uma forma ou de outra, acaba sendo bem apreciativa.

DON’T TELL ME (2001)

À semelhança de Rain, Don’t Tell Me também se constrói numa espécie de metaliguagem: “bastidores” do vídeo sendo mostrados no próprio vídeo. Some a isso uma coisa pacata, de interior, um filtro quente, coreografia rica e figurinos lindos, e você tem um dos clipes mais elegantes da carreira de Madge (deve ter sido o diretor francês, hahahahaha). De certa forma, condiz completamente com a canção, que pega uma temática por vezes cafona, o country, e dá a ela um tom de refino com suas batidas minimalistas... Por isso, mais uma vez, imagem e som funcionam em conjunto. E como funcionam.

HUNG UP (2005)

Termino minha lista de 10 mais com um clipe que AMO somente pelo figurino rosa que Madge usou nele. Você pode falar do filtro belíssimo, dos dançarinos incríveis envolvidos no vídeo, da música que gruda mais que aqueles pirulitos de caramelo que a gente comia na infância (minha velha infância, rs), e até da suruba no meio da pista de dança que imortalizou Hung Up nas apresentações ao vivo... Mas o figurino rosa, e somente o figurino rosa, que me faz apaixonado pelo clipe! Duas palavras: Disco. Diva. (e não é a Gretchen, hein!)

Com essa, concluo meu post sobre os clipes da Madonna - e fikdik de Girl Gone Wild, que estreia essa semana! ;D


2 comentários:

  1. Acho um pecado não ter vogue, mas adorei o seu top 10 ^^. Sabe uma música que até hoje eu me revolto por não ter clipe? Amazing do music. Sempre imaginei um clipe locão, nada a ver com a letra com ela vestida de fazendeira numa fazenda (kkkk) lidando com alienígenas.

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  2. Amazing merecia ter sido divulgada de verdade, ela deixa vc empolgando demais ouvindo! E adorei a ideia de envolver alienígenas com cowboys, qq coisa ela pegava o touro mecânico de Don't Tell Me e terminava o clipe ensinando os ETs a como se segurar em cima de um! kkkkkkkkkkkkk

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