domingo, 1 de maio de 2011

Filosofando sob(re) luzes amarelas...

Queridas e queridos, fiz uma viagem ótima por esses dias, que me preencheu novamente com essa dita esperança, e isso fez com que eu interrompesse por alguns dias as postagens... Dessa vez, porém, vou retomar o tema do blog, minhas experiências, a partir do momento em que, digamos, eu conheci a morte.
Ao chegar no hospital, meu pai me dá a notícia. Estava com umas cinco pessoas que vieram comigo de Recife, e por todos os lados, era desespero. Painho, como o chamo, disse ter visto uma luz, como um raio, instantes antes de nós chegarmos... E de algum modo, ele sabia o que ela representava. Esses dois textos foram escritos dias depois do que nos aconteceu, mas tentaram captar um pouco daqueles primeiros momentos. Vocês vão entrar agora no reino das metáforas confusas, já que foi uma época em que, tentando ser rebuscado, eu escrevia coisas um pouco sem sentido... No entanto, o caráter emocional delas existe, e se quiserem perguntar, estou postando para conversar.
"Filosofias de um casal" é sobre meus pais... "Sob as luzes amarelas acesas", sobre mim.
Por enquanto, é isso.


Filosofias de um casal

E me dê
Mais 5 minutos
Para que
Perceba o
Que houve de
Errado em
Você
A razão pela
Qual estamos
Condenados
À morte
Ou porque esta
Sutil senhora
Nos é tão
Condenativa

Sinto muito,
Sim,
Sinto muito
Pelo amor que
Nos fazia
De refúgio
Pelas baleias
Que fugiram
Deste aquário
Ou pela luz
A luz que
O senhor duque
Viu com suas
Novas tendências
Apenas observações
Outras observações em
5 minutos.


Sobre as luzes amarelas acesas

E sobre suas contas,
Escrevo meu último documento
Sobre nossas alegrias,
Escrevo meu epitáfio em
Tom de lamento
Havia flores secas neste
Jazigo
E não sei se ficamos
Entregues a isso
Por sua rispidez,
Ou pelo doce detalhismo
Que salvava
E estragava
Cada dia
De nossas finitas
Vidas
Pois quando acreditava
No infinito,
Um buraco negro nos
Sugou
E contraiu
Um pouco mais
Este universo
Tudo porque
Assinei um último
Documento,
E você começou a falar
Sobre pequenas freiras,
Neste exato momento.

***

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